
Autoras: Caroline Baía¹ E Natália Lisbôa² (Alunas do 7º período de medicina /UFRJ).
Supervisão e Edição: Profª Sonia Catarina de Abreu Figueiredo³
Você já teve aquela gripe forte associada a tosse que o acompanhou até ficar curado? Já entrou em um lugar muito empoeirado e começou a tossir? É portador de asma e frequentemente apresenta crises de tosse por semanas ou até mesmo meses?
Essas situações comuns do cotidiano refletem uma das queixas mais predominantes nas entrevistas médicas: a tão incômoda tosse.
Esse sintoma é o principal mecanismo de defesa dos pulmões, impedindo que substâncias estranhas atinjam o órgão, ajudando a eliminar secreções e protegendo contra aspiração de alimentos e corpos estranhos.
Sua duração é classificada em: aguda (quando dura menos que três semanas e, em geral, é consequência de resfriados, sinusite e bronquite aguda); subaguda (dura de três a oito semanas) e crônica (quando dura mais do que oito semanas). Tosse prolongada necessita sempre de avaliação médica.
As causas de tosse crônica são variáveis: podem ser respiratórias, como a asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), muito comum em pacientes fumantes; cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca; gástricas, pela doença do refluxo gastroesofágico e pelo uso de alguns medicamentos como os anti-hipertensivos, entre outras.
Para investigação dos casos de tosse crônica é importante avaliar a apresentação do sintoma pelo paciente. Se a tosse é produtiva ou seca, a coloração da secreção quando presente, momento do dia em que é mais predominante, pesquisar exposição prolongada a substâncias como a poeira ou gases, presença de doença pré existente que possa ser a causa da tosse, tabagismo ativo e passivo, uso regular de medicamentos. A presença associada de febre sugere causa infecciosa devendo ser investigada a possibilidade de pneumonia e tuberculose.
Na investigação diagnóstica, podem ser realizados exames de imagem (Raio-X de tórax, tomografia computadorizada) e testes de função pulmonar (como a espirometria).
O tratamento da tosse requer o diagnóstico etiológico e se baseia em controlar a doença de base, nos casos de DPOC ou asma, ou reverter a causa, quando o sintoma for atribuído a um efeito colateral de um medicamento, substituindo-o por outra substância. Deve-se evitar o tratamento sintomático. A tosse é um importante sinal de alerta e pode ser o primeiro sinal de doenças respiratórias graves.

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