Pulmão

Pulmão
"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Dia 29 de Agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo


Hoje é uma data muito importante, pois celebramos o movimento de conscientização sobre os malefícios do tabagismo. É uma ótima data para aprender e também para refletir. Temos alguns artigos aqui mesmo no blog que podem te ajudar. Vamos lá!

Riscos de câncer de pulmão em mulheres
Animais de estimação com donos fumantes
Associação tabaco e álcool
Novas advertências nos maços de cigarros
Proteja seu coração, fique longe do cigarro
Como dialogar com adolescentes sobre os malefícios do cigarro eletrônico
Malefícios do tabagismo materno para o bebê
Por que não consigo parar de fumar?
Abordagem cognitivo-comportamental do fumante
Narguilê equivale a 100 cigarros
Cigarro apagado também afeta a sua saúde
A batalha contra os aditivos de sabores
O dia Nacional de Combate ao Fumo
Tabagismo: do hábito a dependência
Porque alguns fumantes tem câncer de pulmão

Além destes, também há outros relacionados, como os que tratam de DPOC e de câncer de pulmão.

Então? O que está esperando? Vamos ler. Se você é fumante, aproveite para pensar em parar. Se não é, aproveite para aprender e passar informações para outras pessoas.

Junte-se a nós nesta campanha!

sábado, 25 de agosto de 2018

Saiba o que é bronquiectasia



Fonte: https://foundation.chestnet.org/patient-education-resources/bronchiectasis/

Bronquiectasia é uma doença pulmonar que cursa com tosse persistente e incapacidade do indivíduo remover as secreções respiratórias. Do ponto de vista anatômico, é definida como dilatação irreversível e persistente com distorção dos brônquios de médio calibre e pode ser localizada ou difusa.

É usualmente uma condição adquirida secundária à inflamação crônica dos brônquios e/ou infecções de repetição e, como resultado, o pulmão desenvolve cicatrizes e o muco se acumula e não drena adequadamente, o que pode causar sérias dificuldades respiratórias.

O acúmulo de muco na árvore brônquica favorece a proliferação de vírus e bactérias que leva à infecção. Infecções crônicas causam inflamação crônica e consequente maior produção de muco o que facilita o surgimento de novas infecções.

No passado, infecções respiratórias na infância que produziam dano pulmonar intenso, como pneumonia por sarampo, eram causas frequentes de bronquiectasias. Com o advento de antibióticos, melhoria dos cuidados de higiene e os programas de vacinação, infecções respiratórias na infância se tornaram menos frequentes e atualmente bronquiectaias acometem, preferencialmente, indivíduos adultos.

No Brasil, as infecções graves ou repetidas que causam bronquiectasias são mais frequentemente relacionadas a tuberculose. Os chamados "resíduos sintomáticos de tuberculose" são a principal causa de bronquiectasias em nosso meio.

Sinais e sintomas de bronquiectasias

Os sinais e sintomas podem ser ausentes por meses e até anos. A queixa mais comum é tosse que se mantém por longos períodos e tende a piorar quando o indivíduo assume uma forma específica de decúbito. A expectoração costuma ser abundante e, eventualmente, pode conter pus e sangue e hemoptise volumosa pode ocorrer.

A pessoa pode referir ainda dor no peito e dificuldade para respirar. Em casos mais graves, onde há bronquiectasias extensas e difusas, o quadro pode evoluir para insuficiência respiratória.



Tratamento e evolução

Bronquiectasia é uma doença potencialmente grave. Não há cura e pode ser fatal se deixada sem tratamento.O diagnóstico precoce e medidas terapêuticas que possam reduzir a secreção brônquica, controlar as infecções e aliviar a obstrução brônquica podem reduzir os sintomas e prevenir as complicações.

Medidas terapêuticas incluem boa hidratação, para tornar o muco menos espesso, o uso de antibióticos e broncodilatadores e fisioterapia respiratória regular para promover a drenagem de secreções.

Pacientes com bronquiectasias difusas que evoluem para insuificiência respiratória podem vir a precisar de oxigenioterapia.

sábado, 18 de agosto de 2018

Risco de câncer de pulmão em mulheres



Neste mês de conscientização do câncer de pulmão, gostaríamos de chamar a atenção para um problema que atinge significativamente as mulheres. Trata-se do câncer de pulmão – tumor que mais mata no mundo.

Pesquisas recentes dão uma perspectiva bastante negativa em relação ao acometimento de mulheres por câncer de pulmão. O estudo mais recente, publicado neste mês de agosto no jornal da Associação Americana para Pesquisa do Câncer, prevê um aumento de cerca de 40% no número de casos até 2030. Foram analisados dados da OMS obtidos em 52 países, sendo 14 das Américas, incluindo o Brasil.

Embora as Américas apresentem uma probabilidade de índices menores, o impacto ainda é bastante significativo. O que tem impulsionado alertas aos governos sobre a necessidade de elaboração de estratégias que ajudem a reduzir os impactos sociais, econômicos e de saúde relativos a esse aumento no número de casos.

Para ler mais sobre a pesquisa clique AQUI.

No Brasil, os cânceres são a segunda maior causa de mortes e o tabagismo está relacionado a 60% das mortes de mulheres por câncer de pulmão. Além disso, o tabagismo influencia em outros problemas, por exemplo:

- está diretamente relacionado à cerca de 90% dos infartos em mulheres com menos de 50 anos;

- em gestantes, provoca o aborto, parto prematuro e/ou bebês com baixo peso e problemas de saúde;

- aumenta o risco de embolia pulmonar que pode aumentar até dez vezes quando a mulher faz uso de contraceptivos orais;

- mulheres que começam a fumar cedo podem ter a menopausa antecipada.

Assim, com tantos malefícios, a prevenção ao tabagismo ganha importância fundamental. E para as mulheres que já são fumantes, é necessário que a informação, o tratamento e recursos para prevenção de problemas graves estejam disponíveis.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Catarro? Argh!!!



É normal a reação de nojo quando falamos em catarro. Aquela gosma que expelimos quando estamos gripados é bem feia mesmo. Também é normal as mães ficarem preocupadas com seus pequenos quando estes dão sinais de congestão nasal. Mas, afinal, o que é e para que serve o catarro?

Mesmo quando estamos saudáveis, nosso organismo produz muco - uma gosminha que tem a função de auxiliar na defesa do nosso organismo. Algumas glândulas são responsáveis por sua fabricação. No sistema respiratório, há glândulas localizadas na mucosa que reveste as vias aéreas e que produzem o muco. Ele é composto por água (cerca de 90%), proteínas e outros resíduos.

Um exemplo de muco, bastante comum, é a chamada meleca. Ela é produzida nas narinas e ajuda a impedir a entrada de impurezas no organismo durante a respiração. Embora a maioria das pessoas sinta repulsa ao falar sobre o assunto, é importante lembrar que este muco é resultado da luta do nosso organismo pra se defender dos agentes externos que causam doenças - impurezas, vírus e bactérias.

Quando há um processo infeccioso instalado (gripe, sinusite, pneumonia, tuberculose, etc.) ou uma reação alérgica significativa, nosso sistema respiratório tende a produzir muco em maior quantidade. O muco envolve vírus, bactérias e outras impurezas buscando isolá-los e, com isso, facilitar a sua expulsão. O catarro que eliminamos fica repleto de agentes e é por este motivo que quando há suspeita de tuberculose, realizamos um exame de escarro para identificar se a bactéria (Mycobacterium tuberculosis), que causa a doença, está presente no material.

De acordo com o tipo de infecção o catarro pode apresentar cor, consistência e cheiro diferente. O ideal é que seja transparente, sem cheiro e mais líquido, mas algumas situações podem mudar seu aspecto, como: estar em ambiente com ar seco, não beber água em quantidade suficiente, ter alguma alergia respiratória, usar alguns medicamentos como antidepressivos, anti-histamínicos, etc.

- Transparente - em geral está relacionado a coriza, típica de resfriados e rinites;
- Verde ou amarelo - indica a presença de células de defesa do organismo e está relacionado a um processo infeccioso (gripes, sinusites,etc.);
- Branco ou cinza - pode estar relacionado a problemas nas vias aéreas superiores, como a sinusite, e também pode ser consequência de uma reação alérgica;
- Marrom ou preto - em geral, atinge fumantes, trabalhadores de minas e pessoas em ambientes muito poluídos;
- Rosa - pode indicar a presença de líquido nos pulmões relacionado a problemas cardíacos;
- Vermelho ou com sangue - pode indicar bronquite, pneumonia ou tuberculose.

Em todos os casos é importante a ingestão de bastante líquido para fluidificar o catarro e facilitar a sua eliminação. O acúmulo desse material nos pulmões e na estrutura facial pode piorar o quadro clínico do paciente e causar dificuldades para respirar. Por isso, o ideal mesmo é cuspir fora, mesmo que socialmente isso seja considerado nojento. Em crianças pequenas, que ainda não conseguem escarrar, podem ser usados recursos como a nebulização com soro fisiológico e outros métodos descongestionantes. Além disso, a consulta médica é sempre importante e, para os casos mais graves, buscar a avaliação de um pneumologista.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Pneumonia, a doença que mais mata crianças menores de 5 anos



A pneumonia é uma forma aguda de infecção respiratória que afeta os pulmões, mas apenas 30% das crianças infectadas recebem o tratamento adequado. A estimativa é que a doença mate 1,2 milhão de crianças menores de 5 anos todos os anos no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Sáude (OMS), mais de 99% dos óbitos provocados pela pneumonia são registrados em países em desenvolvimento.

Pneumonia pode ser causada por bactérias ou vírus e, mais raramente, outros agentes atípicos. Ela ocorre geralmente a partir de uma infecção de vias aéreas superiores, como gripes e resfriados.

Um dos sintomas da pneumonia em crianças ou bebês é a queda do estado de geral. A febre alta, assim como cansaço constante, tosse e um ruído característico nos pulmões que só os médicos conseguem detectar estão entre os sintomas muitas vezes ignorados de pneumonia, a doença infecciosa que mais mata crianças abaixo de 5 anos no mundo − mais que HIV, tuberculose, zika, ebola e malária juntas.

O diagnóstico de pneumonia em bebês de até três meses é sempre considerado grave e requer a internação. Nas crianças maiores, febre alta não é parâmetro para ser hospitalizada, mas, sim, insuficiência respiratória e baixa oxigenação - além de uma avaliação sobre se o menor conseguirá receber tratamento adequado em casa. Outro sintoma que não deve ser ignorado pelos pais é o cansaço dos filhos. Em uma gripe forte, por exemplo, observam-se períodos de melhora, mas na pneumonia há um estado de prostração constante.

Para caracterizar a doença, um ou vários desses sinais podem aparecer: tosse, dor no tórax, alterações da pressão arterial, expectoração com secreção amarelada, falta de ar, confusão mental, estado de fraqueza e cansaço constante, febre alta (mas ausência de febre não descarta a doença).

Quanto mais rápida for diagnosticada a pneumonia, mais rápida será a recuperação. O diagnóstico radiológico é eficaz para observar a inflamação dos pulmões, porém em muitos casos o médico consegue identificar a doença no consultório, ao escutar, com o auxílio de um estetoscópio, ruídos característicos da pneumonia, os estertores crepitantes, que parecem um barulho de velcro sendo aberto.

Muito Importante esclarecer sobre um termo que não devemos usar: o “princípio de pneumonia”. A criança tem ou não tem pneumonia. A doença pode estar restrita a uma área pequena do pulmão, mas não significa que está começando. Ela já existe. O problema é que os pais podem traduzir como algo bastante simples, não havendo empenho correto na busca por avaliação médica e tratamento, o que pode contribuir para a evolução para um quadro mais sério.

Para saber mais acesse o link: https://www.bbc.com/portuguese/geral-41907363