Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 9 de março de 2018

Malefícios do tabagismo materno para o bebê



87% das fumantes que engravidam não abrem mão do cigarro durante a gestação
Fonte: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2016/gravidas-fumantes-os-maleficios-do-cigarro-na-gestacao

Desde meados do século XX é conhecida a associação do uso de cigarro durante a gravidez e a prematuridade. A partir de então, inúmeros trabalhos comprovaram que a exposição à nicotina a ao monóxido de carbono tem um efeito nocivo sobre o desenvolvimento do feto. Retardo do crescimento intrauterino, prematuridade e baixo peso ao nascer são mais frequentes em filhos de mães fumantes.

Estudos recentes realizados no Reino Unido com ultrassom 4D para avaliar os movimentos sutis realizados em 20 fetos, em 4 intervalos entre a 24ª e 36ª semanas de gravidez, revelaram que fetos cujas mães eram fumantes têm um atraso no desenvolvimento dos sistema nervoso central. Os autores descobriram que os efeitos do tabagismo nos fetos de mães fumantes são semelhantes aos observados em fetos de mães altamente estressadas ou deprimidas. No entanto, os efeitos da exposição à nicotina parecem ser consideravelmente mais nocivos para o feto.

O pulmão é o órgão que mais sofre os efeitos do fumo porque absorve as substâncias químicas existentes no cigarro. Durante a gravidez, a criança fica exposta à nicotina porque mãe e filho compartilham a circulação sanguínea. Algumas dessas substâncias reduzem o calibre das artérias responsáveis por levar oxigênio ao feto, retardando o crescimento e aumentando o risco de malformações congênitas, como lábio leporino, e complicações respiratórias.

As gestantes que não fumam, devem evitar a fumaça de fumantes porque a exposição regular à fumaça, mesmo que intermitente, é prejudicial ao bebê.

Após o nascimento, além de o bebê ficar exposto à nicotina por meio do leite materno, o contato da criança com a fumaça do cigarro favorece a ocorrência de infecções de vias aéreas, reduz a capacidade pulmonar e eleva o risco de morte súbita.

Bebês e crianças expostas ao fumo têm maior probabilidade de sofrer com resfriados, sinusites, otites e doenças respiratórias como asma e pneumonia ao se tornarem fumantes passivos. O simples fato de compartilharem ambientes impregnados pela fumaça, mesmo após o cigarro ter sido apagado, já os expõe aos gases e partículas de cigarro depositadas nas superfícies (http://pulmaoonline.blogspot.com.br/2017/09/).

Lembre-se que Fumar durante a gravidez é a principal causa de morbimortalidade fetal!

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