Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sábado, 17 de março de 2018

Como dialogar com adolescentes sobre os malefícios do cigarro eletrônico



Texto por: Lisa Damour (@LDamour) – Psicóloga em Shaker Heights, Ohio, e autora de “Untangled: Guiding Teenage Girls Through the Seven Transitions Into Adulthood”.

Psicóloga orienta pais e educadores sobre as melhores formas de conduzir um debate mais produtivo com os jovens sobre vaporizadores, cigarros e outras drogas. Confira as cinco dicas.

Um relatório recente divulgado pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina mostrou evidências de que os vaporizadores podem induzir os jovens a consumir cigarros convencionais.
Mas, ainda que o uso de cigarro eletrônico não leve ao interesse por outros produtos fumígenos, os pais devem se preocupar com o impacto da nicotina no cérebro em desenvolvimento do jovem e com os potenciais riscos para a saúde associados à inalação de produtos químicos aromatizados nos vaporizadores.

Portanto, seguem dicas para abordar o assunto e aconselhar o adolescente de maneira mais efetiva:

1 – Exponha os fatos
O conhecimento sobre o assunto não leva, necessariamente, a escolhas inteligentes, porque é natural do ser humano tomar decisões sabidamente insalubres, como se esquecer do protetor solar ou comer Fast food.
Porém, é importante garantir que o adolescente entenda os fatos e pense sobre os perigos potenciais de vaporizar, ter relações sexuais desprotegidas, usar drogas e assim por diante. Ainda assim, deve-se ter em mente que apenas a informação não é suficiente.

2- Se interesse pela perspectiva do jovem
Considere começar a conversa como uma curiosidade genuína. Deixando o julgamento de lado, pergunte: “Qual é a sua opinião sobre cigarro eletrônico?” ou “Seus colegas e conhecidos costumam vaporizar?”.
Descobrir o que ele já sabe sobre qualquer comportamento de risco é uma boa maneira de iniciar o debate e aumenta as chances de ele querer ouvir o que o você tem a dizer.

3 – Pergunte por que, antes de sugerir porque não
Os jovens têm suas razões para vaporizar, seja para contrariar a autoridade, ultrapassar os limites estabelecidos pelos adultos, entre outros motivos. Se a conversa abordar apenas as desvantagens do consumo, o adolescente vai facilmente descartar as opiniões contrárias.
É mais eficaz sugerir que ele reavalie suas opções e se auto protejam. Para remodelar esta abordagem, pode-se dizer: “Não é que eu não goste das suas maneiras de diversão, mas é que eu te amo”.

4 – Compartilhe suas preocupações
Para manter a confiança dos jovens, é recomendado ser honesto sobre o que se sabe e o que ainda não está claro com relação ao assunto.
Em vez de dizer “a nicotina é altamente viciante”, pode-se falar “mesmo que você não se vicie, isso pode afetar a forma como seu cérebro está se desenvolvendo. Ainda não se sabe quais são os impactos a longo prazo da inalação de produtos químicos e partículas de metal, então por que arriscar?”.

5 – Reconheça os limites de seu poder
Para não gerar incômodos e debates infrutíferos, os pais podem revelar suas expectativas ao mesmo tempo em que reconhecem seus limites de autoridade. Por exemplo, “vaping não é inofensivo, por isso eu espero que você se afaste disso. Dito isto, não tenho o poder de fazer essa escolha por você. É algo que você decidirá por si mesmo”.

Não é fácil sensibilizar os adolescentes sobre os perigos que enfrentam, mas eles se importam com o que seus pais pensam e assumem menos riscos quando as linhas de comunicação se mantêm abertas.

Fonte: https://www.nytimes.com/2018/02/14/well/family/how-to-talk-with-teenagers-about-vaping.html

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