
Autoras: Renata Michelim Collareda dos Santos¹ E Daniela Mayumi Yamamoto² (Alunas do 7º período de medicina /UFRJ).
Supervisão e Edição: Profª Sonia Catarina de Abreu Figueiredo³
Quando se fala de tabagismo, pensamos logo em tabagismo ativo ou passivo (inalação da fumaça do cigarro por indivíduos não fumantes que entram em contato com fumantes e que respiram as mesmas substâncias tóxicas que o fumante inala). O que muitas pessoas não sabem, é que o cigarro continua trazendo malefícios à saúde mesmo depois de apagado.
O conceito de Tabagismo Terciário (ou Tabagismo de 3ª mão) surgiu na literatura médica apenas em 2006, e se refere à contaminação pelas substâncias presentes na fumaça da tabaco e que permanecem em ambientes e superfícies mesmo após o indivíduo ter apagado o cigarro.
Os poluentes da fumaça do tabaco que são depositados em superfícies podem retornar a fase gasosa e serem inalados. Esses poluentes podem ficar impregnados em qualquer superfície como cortinas, tapetes, chão, paredes e bancos de carros, por exemplo. Além disso, já foi constatado que a nicotina, substância tóxica presente no cigarro, quando liberada no ambiente, pode se associar à poeira e formar outras substâncias tóxicas.
Dessa forma, é possível inalar substâncias tóxicas em qualquer ambiente que tenha sido impregnado pela fumaça do cigarro, como carros, restaurantes, hotéis e escolas, o que significa que qualquer pessoa pode ser exposta aos gases e partículas do cigarro depositados nas superfícies.
Entrar em um ambiente com cheiro de cigarro, por exemplo, é um forte indicativo de que o lugar está contaminado e mesmo que não haja ninguém fumando no momento, todas as pessoas presentes no ambiente estão inalando substâncias tóxicas prejudiciais à saúde.
Sendo assim, o tabagismo terciário se caracteriza como uma forma de tabagismo passivo, junto à exposição secundária ou involuntária da fumaça de cigarro e torna-se de grande importância que a população seja alertada sobre os riscos do tabagismo terciário.
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