Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Ronco & Apneia do Sono



Texto: Sonia Catarina de Abreu Figueiredo (média pneumologista, Prof. Faculdade de Medicina UFRJ)

O Ronco é uma condição comum que pode afetar qualquer pessoa, embora ocorra com mais frequência em homens e indivíduos acima do peso. O ronco ocasional não costuma ser um problema, entretanto se for habitual, causa prejuízos à qualidade do sono.

O que causa o ronco?
O ronco aparece quando o fluxo de ar pela boca e nariz está obstruído. Essa obstrução pode estar ligada a vários fatores, como obstrução de vias aéreas superiores, por alergias, sinusite, desvio de septo ou pólipos nasais; diminuição do tônus muscular da língua e garganta e aumento de tecidos moles da garganta.

Roncadores habituais possuem má qualidade de sono, o que interfere em sua qualidade de vida, aumenta o risco de sofrer acidentes e desenvolver apneia do sono.
Apneia do sono, ou Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença caracterizada por obstrução total ou parcial (hipopneia) das vias aéreas durante o sono, causando interrupções repetidas da respiração enquanto a pessoa dorme.

A apneia é o resultado da não chegada de ar até os pulmões e pode estar relacionada ao relaxamento dos músculos da garganta e língua além do normal, excesso de peso, aumento excessivo de amígdalas e adenóides ou configuração anatômica de cabeça e pescoço com redução do espaço para a passagem de ar na garganta.

Estima-se que a SAOS atinja 30% da população adulta mundial e que a maioria das pessoas convive com a doença sem ter diagnóstico. Os principais sintomas da apneia são o ronco e a sonolência diurna, mas outras manifestações incluem: acordar com sensação de sufocamento, dificuldade de concentração, impotência sexual, irritabilidade.

A SAOS é um grave problema de saúde e está associada a doenças com potencial de letalidade como hipertensão, arritmias cardíacas, derrame cerebral e diabetes. O diagnóstico é feito a partir da observação clínica e de um exame chamado polissonografia, que faz o registro da atividade cerebral, da respiração e de sinais indicativos de relaxamento muscular e oxigenação sanguínea.

O tratamento visa restabelecer uma respiração regular e o sono tranquilo.

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