
AUTORA: Renata Michelim Collareda dos Santos¹ (aluna do 8º período de medicina /UFRJ).
SUPERVISÃO E EDIÇÃO: Profª Sonia Catarina de Abreu Figueiredo²
Rinite alérgica é uma doença crônica da mucosa do nariz que apresenta como sintomas espirros em série, coriza intensa de aspecto aquoso, obstrução e prurido nasal. Prurido ocular, lacrimejamento e prurido no canal auditivo podem estar presentes. Os sintomas iniciam após exposição aos fatores desencadeantes como poeiras, ácaros, baratas, fungos, pelos de gatos e cachorros, exposição a poluentes (fumaça de cigarro, queimadas). Até mesmo perfumes ou produtos de limpeza com odores fortes podem desencadear uma crise de rinite alérgica.
A rinite alérgica é classificada como intermitente (sintomas < 4 dias/semana ou < 4 semanas) ou persistente (> 4 dias/semana e > 4 semanas), de acordo com a frequência dos sintomas e leve ou moderada/grave, conforme a intensidade deles.
Existe um fator genético relacionado a essa condição de saúde. Se há histórico familiar de alergia respiratória, são grandes as possibilidades de uma pessoa ter essa condição. A rinite alérgica pode surgir em qualquer idade, não há uma faixa etária prevalente e nem mesmo há predominância entre os sexos.
Pessoas que sofrem com rinite alérgica costumam ter inúmeros prejuízos a sua qualidade de vida, devido aos incômodos que seus sintomas trazem. A obstrução nasal secundária à rinite pode causar distúrbios do sono, levar à sonolência diurna e diminuição do desempenho escolar ou no trabalho. Os sintomas persistentes de rinite podem ocasionar irritabilidade, ansiedade e distúrbio alimentar com consequentes impactos na vida social e profissional do indivíduo.
A rinite alérgica isolada já se constitui um sério desconforto, mas pode estar associada e até favorecer a ocorrências de outras doenças. Dentre as comorbidades associadas à rinite alérgica temos a conjuntivite alérgica, a rinossinusite aguda e crônica, a tosse crônica, a apneia obstrutiva do sono e a asma. Indivíduos com asma controlada que apresentam sintomas persistentes de rinite podem apresentar piora da asma. Rinite alérgica não controlada é um gatilho para crise de asma. A presença de rinite incorretamente tratada ou não tratada em asmáticos pode elevar em até três vezes o risco de ocorrência de exacerbações.
Por tudo isso, o controle dos sintomas é fundamental para melhorar a qualidade de vida do portador de rinite alérgica. Além de medicamentos específicos, o tratamento não farmacológico, que inclui rigoroso controle de ambiente doméstico e no trabalho, tem papel primordial.
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