Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Um coágulo de sangue pode ser fatal


A embolia pulmonar (EP) é a oclusão de uma ou mais artérias pulmonares por trombos que se originam em outros locais, classicamente de veias de grosso calibre ou da pelve.

Quase todas as EPs se originam de trombos das veias das pernas ou da pelve (trombose venosa profunda) mas, a doença pode ser causada também por trombos originados em veias dos braços ou do tórax (causados por cateteres venosos centrais).

Condições que dificultam o retorno venoso, com o repouso prolongado no leito e restrição à deambulação, e situações onde há lesão ou disfunção da parede do vaso são fatores de risco para trombose venosa e consequente embolia pulmonar.

Embolia pulmonar aguda é uma condição comum e potencialmente grave. Estima-se que 10% dos pacientes com EP morrem nas primeiras horas após o início dos sintomas. A depender de sua repercussão fisiológica, a EP pode ser classificada como pequena (comprometimento de ventrículo direito ausente e sem hipotensão) ou maciça (com prejuízo da função de ventrículo direito e hipotensão), quando há risco significativo de morte em horas ou dias.

Em até 5% dos casos, ocorre obstrução arterial crônica que leva à hipertensão pulmonar tromboembólica crônica que pode resultar em insuficiência cardíaca direita crônica.

Os sintomas são inespecíficos e variam quanto à intensidade, na dependência da extensão da obstrução vascular e da função cardiopulmonar pré-existente. Podem ocorrer dispneia aguda, dor torácica, tosse e hemoptise (quando há enfarto pulmonar). Nas formas maciças, são comuns hipotensão, taquicardia, síncope e parada cardíaca.

Trombose venosa profunda


Trombose venosa profunda (TVP) é a coagulação de sangue em uma veia profunda, em geral da panturrilha, coxa ou pelve. Pode ser assintomática ou acarretar dor e edema no membro. Muitos fatores contribuem para o risco de desenvolver TVP: idade acima de 60 anos, câncer, tabagismo (incluindo o tabagismo passivo), insuficiência cardíaca, imobilização, uso de contraceptivos orais, trauma, gravidez e pós-parto, cirurgia recente.

A TVP pode progredir e o trombo se fragmentar, o que pode evoluir para uma EP. Juntas, TVP e EP são conhecidas por tromboembolismo.

Tratamento

A anticoagulação é a base do tratamento contra a TVP e EP. Os pacientes com forte suspeita de EP devem ser hospitalizados e receber tratamento com anticoagulantes. Nas formas maciças, deve ser considerada terapia trombolítica ou embolectomia.

Deve ser considerada a prevenção da trombose venosa profunda e, por conseguinte da embolia pulmonar, a todos os pacientes hospitalizados em risco de desenvolver a doença.


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