Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Cigarros eletrônicos: uma alternativa aos cigarros convencionais?


A indústria do tabaco está em uma cruzada para convencer a Organização Mundial da Saúde (OMS) a considerar o tabaco aquecido e vaporizadores como alternativa aos cigarros convencionais.

Em documento entregue, na oitava sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP8), promovida pela OMS, a indústria do tabaco com a chancela de 72 especialistas, defende que “Do ponto de vista da saúde, a principal distinção entre os produtos de nicotina é se eles sofrem combustão ou não. Não é se são produtos de tabaco ou não tabaco”.

As indústrias de tabaco alegam, com base em estudos independentes, que os vaporizadores são 95% menos danosos à saúde do que os cigarros convencionais – por não gerarem combustão e terem menos substâncias tóxicas. Já os produtos de tabaco aquecido ainda têm poucas pesquisas científicas, enfrentando resistência maior de órgãos reguladores de saúde no mundo.

O argumento das indústrias é rechaçado pela chefe do Secretariado da Convenção, a brasileira Vera Luiza da Costa e Silva: “A comunidade científica continua com visões divergentes, não existe consenso. As empresas têm interesse em vender e captar novos consumidores, principalmente crianças e adolescentes. A cada dia mais gente está parando de fumar, e eles estão querendo voltar a transformar o ato de fumar em algo socialmente aceito, através de um produto que pode parecer um remédio para reduzir os danos, mas que na verdade se desconhece ao certo”.

Atualmente, os dispositivos para fumar são proibidos no Brasil. A venda, a importação e a propaganda de qualquer dispositivo eletrônico para fumar são proibidas pela Anvisa, segundo a Resolução RDC 46/2009.

Segundo a Anvisa, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil pelo fato de serem vendidos prometendo ser um tratamento para cessação do tabagismo, um produto sem riscos à saúde e que poderia ser utilizado em ambientes fechados. Nenhuma destas alegações foi devidamente comprovada, conforme a agência reguladora.

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