(extraída de https://tiagosilvacartoons.wordpress.com/2012/02/25/sigmund-freud/)
Prazer é definido como “sensação agradável de contentamento ou de alegria, normalmente relacionada à satisfação de um desejo, vontade ou necessidade”. O prazer faz parte da nossa vida e é perfeitamente saudável, desde que não funcione como uma fuga dos problemas, dos medos e das angústias diárias.
Na psicanálise de Sigmund Freud, o Princípio de prazer é “a busca instintiva de prazer de forma a satisfazer as necessidades, desejos e impulsos”. Quando estas necessidades não são satisfeitas, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão. O Princípio de realidade é “a força de oposição aos impulsos instintivos do princípio do prazer, representa o adiamento da gratificação e nos leva a procurar maneiras mais realistas e aceitáveis para satisfazer essas necessidades”.
Todos os seres humanos buscam o prazer, em suas diversas formas, mas é tênue a linha que separa o prazer do vício. Quando a busca por esse prazer se torna constante em nossas vidas, transforma-se em vício. Vício é “uma propensão irresistível, um hábito repetitivo de praticar certos atos, geralmente prejudiciais ou moralmente censuráveis”. Vício vem sempre acompanhado de culpa.
O vício está associado a mudanças duradouras nas funções elétricas, morfológicas e bioquímicas dos neurônios e das conexões sinápticas.
O consumo de cigarros, álcool, drogas ilícitas, alimentos calóricos, sexo, jogos de azar, dança e até jogos online produz sinais neurais que convergem para um pequeno grupo de áreas cerebrais interconectadas chamadas de circuito do sistema de recompensa cerebral, ou o circuito do prazer. São essas ligações e movimentações cerebrais do circuito do prazer que desencadeiam muitos dos aspectos aterrorizantes do vício, incluindo a tolerância (necessidade de doses sucessivamente maiores para obter satisfação), o desejo, os sintomas de abstinência (febre, tremores, depressão, insônia, ansiedade) e as recaídas.
(extraída de https://www.otempo.com.br/charges/charge-o-tempo-23-04-2018-1.1603152)
Drogas que implicam um risco de vício, como a cocaína, a nicotina, a heroína ou o álcool, são viciantes porque atingem os nossos circuitos do prazer. Atuam como indutores da dopamina, que é um mediador cerebral para as sensações de prazer e de compulsão que levam à dependência. No início, seu uso proporciona prazer, mas com o passar do tempo, seus efeitos são catastróficos no organismo.
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