Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer no Brasil


O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). É o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que 14% das mortes causadas por câncer em homens e 11% nas mulheres no Brasil são devidas ao câncer no pulmão. Ele é o mais letal no universo masculino, a frente até mesmo do câncer de próstata. Ainda segundo o INCA, para este ano é estimado o surgimento de mais de 31 mil novos casos no país.

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. O consumo de derivados do tabaco é uma prática presente na rotina de 85% dos pacientes diagnosticados. Pessoas que já abandonaram o vício ou estão expostas ao cigarro passivamente, também correm riscos. Para prevenir o câncer de pulmão, é necessário, primeiramente, não fumar, mas também evitar se expor ao tabagismo passivo e agentes químicos.

“Fumante passivo é aquele indivíduo que convive em ambientes fechados com fumantes, ficando exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos da fumaça do tabaco que contém a mesma composição da fumaça tragada pelo fumante”

Fumantes passivos têm 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão. Há mais de 14 milhões de brasileiros que são fumantes passivos e que correm risco de apresentar algum tipo de tumor maligno, ou seja, 7% da população nacional (Fonte: Ministério da Saúde).

Ambientes expostos à fumaça de cigarro estão impregnados por partículas cancerígenas, as quais podem permanecer no local por até dois meses. Não há como evitar os efeitos deletérios da fumaça ambiental se houver fumantes ativos no mesmo local. A exposição ao tabaco na infância e adolescência aumenta o risco de desenvolver doenças ligadas ao fumo na idade adulta.

A detecção precoce é a estratégia principal para aumentar as possibilidades de cura. A realização de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos ao apresentar qualquer sintoma sugestivo da doença, é essencial para o diagnóstico. Os sintomas geralmente não ocorrem até que a doença esteja avançada, mas algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam sintomas como: tosse persistente, escarro com sangue, rouquidão, falta de ar, perda de peso, pneumonia ou bronquite.

O tratamento para câncer de pulmão varia muito de acordo com o tipo histológico e o estágio da doença, podendo ser tratado com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, ou uma combinação dessas modalidades terapêuticas.

A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres). Apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%.

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