Pulmão
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
É seguro usar medicação para asma durante a gravidez?
As gestantes correspondem a um grupo de pacientes, normalmente saudáveis e jovens, que apresentam alterações em sua fisiologia pulmonar durante o período gestacional. A asma é uma das principais intercorrências clínicas crônicas a afetar a gravidez, com baixa mortalidade e significativa morbidade associada a desfechos maternos e perinatais desfavoráveis.
A avaliação da dispneia e o diagnóstico de asma na gravidez representam desafios para clínicos e obstetras, pois 60-70% das gestantes podem relatar queixas de dispneia durante o curso de uma gestação normal. O diagnóstico diferencial da asma na gestação é fundamental para o manejo correto e o acompanhamento satisfatório destas pacientes.
Asma pode ser classificada como leve, moderada ou severa. Durante a gravidez, asma pode piorar, melhorar ou se manter inalterada. Pesquisas sugerem que a severidade da asma na gravidez está relacionada ao curso da doença antes da gravidez. Sintomas são mais frequentes em mulheres com asma grave. O manejo da doença apresenta desafios, tais como a resistência das pacientes em utilizar medicações durante a gravidez, além de queixas frequentes de dispneia associada ao estado gravídico, não relacionada à asma.
Em alguns casos, os sintomas de asma se agravam no início da gestação porque as mulheres interrompem o uso da medicação usual quando sabem que estão grávidas. Qualquer mudança na medicação de rotina pode influenciar no curso e severidade da asma.
Asma é uma condição crônica que durante a gravidez
pode colocar em risco a mãe e o bebê.
A maioria dos medicamentos para tratamento de asma pode ser usada com segurança na gravidez. Além disso, os efeitos de uma crise severa de asma que leve à insuficiência respiratória materna com hipoxemia são mais prejudiciais ao feto do que possíveis efeitos colaterais dos medicamentos.
Mulheres que necessitem controlar sua asma com medicamentos devem seguir corretamente a orientação médica e não interromper o uso ou alterar as doses por sua conta. Dependendo do tipo de medicação e da evolução da asma durante a gravidez, pode ser necessário acompanhamento com pneumologia durante as consultas de pré-natal.
A maioria das mulheres com asma controlada não apresenta sintomas graves na gravidez e no parto e podem amamentar seus filhos, mesmo que estejam usando medicação regularmente.
Asma é uma condição crônica que durante a gravidez pode colocar em risco a mãe e o bebê. Saber evitar os gatilhos da asma e usar corretamente a medicação são importantes para prevenir ou minimizar complicações. Em mulheres com asma bem controlada, esse risco é mínimo, porém em casos de asma grave ou mal controlada durante a gravidez aumentam as chances de pré-eclampsia, baixo peso fetal e parto prematuro.
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