Texto: Sonia Catarina de Abreu Figueiredo (médica pneumologista. professora da Faculdade de Medicina UFRJ)
Rouquidão, pigarro, tosse crônica e dor no peito podem ser sintomas da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), popularmente conhecida como refluxo. A DRGE é uma condição de grande importância médico-social pela elevada e crescente incidência e por determinar sintomas de intensidade variável, que se manifestam por tempo prolongado, podendo prejudicar consideravelmente a qualidade de vida do paciente. De acordo com dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, cerca de 25,2 milhões de pessoas no Brasil (aproximadamente 12% da população) sofrem com refluxo.
Refluxo gastroesofágico (RGE) é definido como a passagem involuntária de conteúdos gástricos no esôfago, é um processo fisiológico normal que acontece ao longo do dia em crianças saudáveis e adultos. Conteúdos de RGE podem incluir comida ingerida e bebidas, além de saliva, suco gástrico ou pancreático, e secreções biliares. A maioria dos episódios de refluxo acontece no esôfago distal, é breve e assintomático. Enquanto refluxo acontece fisiologicamente em todas as idades, há uma graduação contínua entre RGE fisiológico e DRGE que conduzem a sintomas significantes e complicações.
A doença é caracterizada pelo retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago, causando inflamação no local e em órgãos vizinhos como a faringe, laringe e o pulmão, além de azia, tosse seca e outros sintomas como aftas e dor na garganta. Fatores como ganho de peso, maus hábitos alimentares e o consumo de bebidas alcoólicas podem desencadear os sintomas.
O mecanismo responsável pela tosse crônica envolve a ocorrência de microaspirações do material refluído do estômago e uma exacerbação do reflexo de tosse mediada pelo nervo vago. Habitualmente a tosse é mais frequente durante o dia, mas pode piorar ao deitar. O ato de tossir aumenta a pressão intra-abdominal e retroalimenta o problema ao favorecer a ocorrência de novos episódios de DRGE.
O diagnóstico clínico pode ser feito pela persistência dos sintomas citados e é complementado pela endoscopia digestiva alta, que permite avaliar a presença de lesões no esôfago e estômago. A ausência de lesões na mucosa do esôfago não exclui o diagnóstico e, nesses casos, indica-se que o paciente faça o exame de phmetria – para medir a acidez do refluxo ácido do estômago para e esôfago e para a faringe.
DRGE pode ser tratada com mudança de hábitos alimentares e medicações. Alimentos que desencadeiam sintomas de refluxo, como comidas gordurosas, cítricas, café e chá preto, bebidas alcoólicas e gasosas (refrigerante) devem ser evitados ou consumidos em menor quantidade e frequência. Outras medidas comportamentais são importantes para o manejo clínico do paciente com DRGE, como realizar refeições em pequenos volumes, evitar a ingestão de líquidos junto com o almoço e jantar, parar de fumar, evitar deitar-se nas duas horas seguintes às refeições e reduzir o peso.
O tratamento farmacológico é direcionado para o alívio dos sintomas, a cicatrização de lesões no esôfago e a melhora dos sintomas extra-esofágicos, como a rouquidão e a tosse seca. Em casos específicos pode ser indicado o tratamento cirúrgico.
Refluxo gastroesofágico (RGE) é definido como a passagem involuntária de conteúdos gástricos no esôfago, é um processo fisiológico normal que acontece ao longo do dia em crianças saudáveis e adultos. Conteúdos de RGE podem incluir comida ingerida e bebidas, além de saliva, suco gástrico ou pancreático, e secreções biliares. A maioria dos episódios de refluxo acontece no esôfago distal, é breve e assintomático. Enquanto refluxo acontece fisiologicamente em todas as idades, há uma graduação contínua entre RGE fisiológico e DRGE que conduzem a sintomas significantes e complicações.
A doença é caracterizada pelo retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago, causando inflamação no local e em órgãos vizinhos como a faringe, laringe e o pulmão, além de azia, tosse seca e outros sintomas como aftas e dor na garganta. Fatores como ganho de peso, maus hábitos alimentares e o consumo de bebidas alcoólicas podem desencadear os sintomas.
O mecanismo responsável pela tosse crônica envolve a ocorrência de microaspirações do material refluído do estômago e uma exacerbação do reflexo de tosse mediada pelo nervo vago. Habitualmente a tosse é mais frequente durante o dia, mas pode piorar ao deitar. O ato de tossir aumenta a pressão intra-abdominal e retroalimenta o problema ao favorecer a ocorrência de novos episódios de DRGE.
O diagnóstico clínico pode ser feito pela persistência dos sintomas citados e é complementado pela endoscopia digestiva alta, que permite avaliar a presença de lesões no esôfago e estômago. A ausência de lesões na mucosa do esôfago não exclui o diagnóstico e, nesses casos, indica-se que o paciente faça o exame de phmetria – para medir a acidez do refluxo ácido do estômago para e esôfago e para a faringe.
DRGE pode ser tratada com mudança de hábitos alimentares e medicações. Alimentos que desencadeiam sintomas de refluxo, como comidas gordurosas, cítricas, café e chá preto, bebidas alcoólicas e gasosas (refrigerante) devem ser evitados ou consumidos em menor quantidade e frequência. Outras medidas comportamentais são importantes para o manejo clínico do paciente com DRGE, como realizar refeições em pequenos volumes, evitar a ingestão de líquidos junto com o almoço e jantar, parar de fumar, evitar deitar-se nas duas horas seguintes às refeições e reduzir o peso.
O tratamento farmacológico é direcionado para o alívio dos sintomas, a cicatrização de lesões no esôfago e a melhora dos sintomas extra-esofágicos, como a rouquidão e a tosse seca. Em casos específicos pode ser indicado o tratamento cirúrgico.
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