Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

domingo, 5 de janeiro de 2020

Você nunca fuma sozinho

Proibição de fumar em ambientes públicos evitou morte de 15 mil crianças no Brasil


O tabagismo passivo está relacionado a várias doenças em crianças, como asma, bronquite, pneumonia e otites aguda e crônica, assim como com a Síndrome de Morte Súbita na Infância. No mundo, o tabagismo passivo causa cerca de 880 mil mortes por ano, sendo que cerca de 54 mil ocorrem em crianças de 0 a 4 anos.

Leis que instituíram ambientes 100% livres de fumaça de tabaco reduziram a mortalidade infantil no Brasil - mais especificamente 15.068 mortes de crianças com idade inferior a 1 ano entre 2000 e 2016. O resultado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pelo Ministério da Saúde em 31 de maio de 2019, Dia Mundial Sem Tabaco.

Estudo denominado “Legislação de Ambientes Livres de Fumaça de Tabaco e Mortalidade Infantil” indica que a redução da mortalidade infantil foi maior nas unidades da federação que aplicaram leis mais rígidas em relação ao hábito.

As leis do ambiente livre da fumaça do tabaco foram implantadas pelos estados brasileiros, no período de 2000 a 2012, com diferentes graus de proibição do fumo em locais públicos. Apenas em 2014 foi regulamentada a lei federal que proíbe completamente o fumo em locais públicos fechados de uso coletivo.

Caso todas as unidades da federação tivessem adotado, desde o início, a proibição total do fumo em locais públicos, outras 10.091 mortes de crianças com idade inferior a 1 ano teriam sido evitadas de 2000 a 2016.

Agora, a exposição à fumaça do tabaco não ocorre mais nos locais públicos fechados, mas continua dentro das residências. Entretanto, outros estudos mostraram que a lei de ambientes livres também impacta, indiretamente, o fumo dentro de casa, por maior conscientização da população.

É preciso ficar atento com a fumaça dentro de casa, já que a lei não impede que os pais fumem perto das crianças. “A principal mensagem de saúde pública desse estudo é para os fumantes que residem com bebês e crianças: ao fumar em casa, você não só prejudica a sua própria saúde, como também coloca em risco as pessoas que moram com você, principalmente os pequenos”, diz Ana Cristina Pinho, diretora-geral do INCA.

Leia mais em: INCA

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