Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Cigarro eletrônico é prejudicial à saúde


Estudos recentes do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), comprovam que o cigarro eletrônico não é um produto inócuo, tem substâncias cancerígenas e aditivos com sabores, com efeitos tóxicos ainda desconhecidos sobre a saúde.

“O consumo dos cigarros eletrônicos não é recomendado. Qualquer produto derivado do tabaco causa dependência e é prejudicial à saúde”, adverte Andrea Reis, da Divisão de Controle do Tabagismo, do INCA.

As informações são apresentadas no livro Cigarros Eletrônicos: O que Sabemos? Estudo sobre a Composição do Vapor e Danos à Saúde, o Papel na Redução de Danos e no Tratamento da Dependência de Nicotina, trabalho resultante da revisão ampla de artigos científicos e outras publicações, realizado pela médica Stella Regina Martins, da Universidade de São Paulo, fruto de uma parceria firmada entre a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o INCA. Seu objetivo foi, com essa ampla revisão, fornecer um material baseado em evidência científica para a Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA e a Gerência-Geral de Produtos Derivados do Tabaco (GGTAB) da Anvisa. A forma como o produto vem sendo divulgado em diferentes países é problemática, pois leva as pessoas a acreditaram que é um produto menos nocivo do que os cigarros convencionais.

“As mesmas técnicas de marketing e publicidade usadas no passado com os cigarros tradicionais, passando a imagem de que não há riscos, acabam estimulando o consumo deste produto por crianças e jovens”.

Cigarros Eletrônicos são dispositivos mecânico-eletrônicos alimentados por bateria de lítio
destinados a entregar a nicotina, provinda da folha do tabaco, na forma de aerossol, sendo
alguns comercializados também sem nicotina. Há um número vasto e variado de modelos. Seu interior é composto por um espaço para a inserção do cartucho ou refil, onde fica armazenada a nicotina líquida, disponível em diferentes concentrações. O atomizador é
responsável por aquecer e vaporizar a nicotina.A presença de dois solventes, glicerol e
propilenoglicol, quando aquecidos a altas temperaturas, geram compostos carbonílicos de baixo peso molecular, como o formaldeído, o acetaldeído, a acroleína e a acetona, substâncias classificadas como citotóxicas, carcinogênicas, irritantes, causadoras do enfisema pulmonar e de dermatite.

O cigarro eletrônico contém nicotina, que causa dependência. O cigarro eletrônico aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias e pulmonares, como a asma. Além disso, estes produtos possuem em sua composição substâncias reconhecidamente cancerígenas.

O uso de cigarro eletrônico não é tratamento. Não há evidência científica que comprove que o uso do cigarro eletrônico seja eficaz para parar de fumar. Como medida de precaução e proteção à saúde de nossa população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização, importação e propaganda de quaisquer Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF).

Fonte: INCA

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