Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Asma se manifesta de forma diferente nas mulheres


No Brasil, as mulheres são maioria entre adultos com asma: são cerca de 3,9 milhões de mulheres asmáticas contra 2,4 milhões de homens, segundo dados do IBGE. Os índices de exacerbações e hospitalizações por causa da doença também são maiores entre elas.

A asma é uma doença inflamatória que se caracteriza por espasmo da musculatura dos brônquios. Os brônquios se contraem e há um estreitamento das vias aéreas causando falta de ar e desconforto para respirar. A asma é uma doença crônica e heterogênea que causa inflamação dos brônquios conforme há exposição a gatilhos como poeira, mofo, fumaça, pêlo de animais, entre outros. A intensidade da doença pode variar entre asma leve, intermitente e grave.

Há estudos científicos que relacionam a asma às questões de gênero, especialmente a relação entre os hormônios femininos e a manifestação dos sintomas da asma e mostram que a asma é mais prevalente entre as mulheres a partir da puberdade, sugerindo uma relação entre a doença e os hormônios sexuais.

O período pré-menstrual, a gravidez e a menopausa também influenciam na gravidade da asma. Alterações na severidade da asma e aumento de sintomas têm sido reportados em mulheres durante a gravidez. No caso das gestantes, a explosão hormonal de progesterona pode desregular o sistema imune e aumentar a propensão às complicações respiratórias.

Há dados que sugerem também que a anatomia da mulher pode conferir percepções diferentes de obstrução das vias aéreas. Mulheres asmáticas podem ter pior qualidade de vida relacionada à asma, mais limitações físicas e maior sensibilidade à dispneia.

Pesquisas que ajudem na compreensão da influência desta variação hormonal podem propiciar um controle mais adequado da doença.

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