Obs.: reprodução do texto publicado em comemoração ao Dia Mundial do Pulmão
No Dia Mundial do Pulmão (WLD), a American Thoracic Society (ATS) esteve unida a membros do Fórum das Sociedades Respiratórias Internacionais (FIRS) e organizações parceiras do Dia Mundial do Pulmão para defender a saúde respiratória globalmente e apelar aos formuladores de políticas para garantir que todos tenham acesso aos serviços necessários para melhorar sua saúde pulmonar.
As doenças respiratórias impõem um imenso ônus à saúde em todo o mundo. Os fatos são chocantes:
• 65 milhões de pessoas sofrem de doença pulmonar obstrutiva crônica e 3 milhões morrem a cada ano, tornando-a a terceira principal causa de morte no mundo.
• 10 milhões de pessoas desenvolvem tuberculose e 1,6 milhão morrem a cada ano, tornando-a a doença infecciosa letal mais comum.
• 76 milhões de pessoas morrem de câncer de pulmão a cada ano, tornando-o o câncer mais mortal.
• 334 milhões de pessoas sofrem de asma, tornando-a a doença crônica mais comum da infância. Afeta 14% das crianças em todo o mundo - e está aumentando.
• A pneumonia mata milhões de pessoas a cada ano, tornando-a uma das principais causas de morte entre os mais jovens e os mais velhos.
• 91% da população mundial vive em lugares onde a má qualidade do ar excede as diretrizes da Organização Mundial da Saúde.
O Dia Mundial do Pulmão, em 25 de setembro, aconteceu dois dias após a Reunião de Alto Nível da ONU sobre Cobertura Universal de Saúde (UHC). O UHC pede que todas as pessoas recebam os serviços de saúde de que precisam, quando precisam, independentemente da situação financeira. Pelo menos metade da população mundial ainda não possui cobertura completa de serviços essenciais de saúde.
Os holofotes globais sobre a UHC representam uma oportunidade para um progresso substancial na luta contra doenças pulmonares em todo o mundo. No Dia Mundial do Pulmão deste ano, estão todos unidos na mensagem: “Não deixe ninguém para trás. No Dia Mundial do Pulmão, pedimos pulmões saudáveis para todos.”
“A UHC é particularmente importante para pessoas com doenças respiratórias. Por exemplo, uma interrupção no fornecimento de medicamentos para pacientes com tuberculose pode causar o desenvolvimento de resistência a medicamentos, o que traz sérias consequências. A indisponibilidade abrupta do medicamento para asma pode causar sofrimento e até morte. A falta de disponibilidade do profissional de saúde geralmente significa atraso no diagnóstico, o que pode ser fatal para pacientes com câncer de pulmão”, disse Dean Schraufnagel, MD, diretor executivo da FIRS.
A FIRS pede ação do UHC para:
1. Fortalecer os profissionais de saúde.
2. Priorizar a prevenção, nomeadamente o tabaco, a poluição do ar e as vacinas.
3. Manter um suprimento contínuo de medicamentos essenciais.
4. Resistência aos antibióticos
Além disso, a FIRS apela a essas ações essenciais para reduzir a carga de doenças respiratórias e melhorar a saúde global:
1. Aumentar a conscientização entre o público e os formuladores de políticas de que a saúde respiratória é um componente importante da saúde global.
2. Reduzir o uso de todos os produtos do tabaco através da aplicação universal da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.
3. Adotar e exigir os padrões de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde para reduzir a poluição do ar ambiente, interior e ocupacional em todos os países.
4. Promover o acesso universal a cuidados de saúde de qualidade, medicamentos essenciais e imunizações.
5. Melhorar o diagnóstico precoce de doenças respiratórias através do aumento da conscientização pública sobre a saúde e a doença dos pulmões.
6. Aumentar o treinamento dos profissionais de saúde em todo o mundo em doenças respiratórias.
7. Padronizar o monitoramento e o gerenciamento de doenças respiratórias com estratégias nacionais e internacionais baseadas em evidências.
8. Aumentar a pesquisa para prevenir e tratar doenças respiratórias.
“Esperamos que o Dia Mundial do Pulmão forneça uma oportunidade para ação, conversação e conscientização. Uma voz unificada de todos os que se dedicam à saúde respiratória será uma força poderosa”, conclui o Dr. Schraufnagel.
Para saber mais acesse: Newswise
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