Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O que pode causar tosse seca?


Tosse é um reflexo natural do aparelho respiratório para eliminar microorganismos e irritantes que atingem as vias aéreas superiores ou os pulmões. É o principal mecanismo de defesa dos pulmões. Enquanto uma tosse seca ocasional raramente é motivo de preocupação, tosse persistente pode significar uma condição clínica mais séria que requer atenção.

Pode ser classificada como aguda, subaguda ou crônica. Tosse crônica é aquela que se prolonga por mais de 8 semanas, enquanto a tosse aguda dura menos de 3 semanas.

Tose seca, ou tosse não-produtiva, é definida como uma tosse que não produz eliminação de muco ou secreção e pode manifestar-se como uma sensação de coceira ou irritação na garganta. Por outro lado, a tosse produtiva, é aquela associada à eliminação de secreção ou escarro e visa auxiliar a limpeza das vias áreas.

As condições que podem causar tosse seca são variadas e identificar a causa da tosse é o primeiro passo para que sejam tomadas as medidas de prevenção e tratamento.

Asma é uma doença que leva à inflamação e estreitamento de vias aéreas e tem a tosse como um dos seus principais sintomas, associada a chiados no peito e dispneia. A tosse na asma pode ser produtiva, mas em alguns casos, pode ser seca e cursar como queixa isolada.

Refluxo gastroesofágico é uma condição onde há retorno involuntário e repetitivo do conteúdo estomacal para o esôfago, que causa tosse seca, crônica, em cerca de 40% dos indivíduos que têm a doença. Sintomas associados podem ser náuseas, vômitos e queimação retroesternal.

Gotejamento pós-nasal ocorre quando o muco do nariz e seios da face drena para a parte posterior da garganta e desencadeia tosse como mecanismo reflexo. Pode ser um sinal de infecção de seios da face ou manifestação de um processo alérgico.


Outras condições, menos freqüentes, também podem causar tosse seca. Infecções virais de vias aéreas, como o resfriado; câncer de pulmão, embora a tosse seja produtiva na maioria dos casos; fibrose pulmonar idiopática, uma condição crônica onde o tecido pulmonar é substituído progressivamente por tecido fibroso e cicatriz; tabagismo; exposição a poluentes ambientais; uso de medicamentos, em geral usados para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, como beta-bloqueadores e inibidores da ECA.

O diagnóstico deve incluir, além de história clínica cuidadosa, exames de imagem do tórax, espirometria e endoscopia respiratória ou digestiva. O tratamento proposto para reduzir a intensidade e severidade da tosse deve incluir, sempre, a identificação do agente causal.

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