Pulmão
domingo, 1 de dezembro de 2019
Brasil está entre os países com maior número de casos de DPOC
Novembro é o mês de conscientização da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC. Entre os países com maior número de casos desta doença está o Brasil, com mais de 6 milhões de pacientes com DPOC, juntamente com a China, Índia e Estados Unidos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a DPOC é a quarta principal causa de morte, depois de infarto do miocárdio, câncer e doença cerebrovascular. Entre as principais causas de morte, é a única que está aumentando, prevendo-se que se torne a terceira em 2020, devido ao aumento do tabagismo nos países em desenvolvimento e ao envelhecimento da população.
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se por sinais e sintomas respiratórios associados à obstrução crônica das vias aéreas inferiores, geralmente em decorrência de exposição inalatória prolongada a material particulado ou gases irritantes. O tabagismo é responsável por cerca de 80% dos casos da doença, incluindo os fumantes ativos ou passivos.
O substrato fisiopatológico da DPOC envolve bronquite crônica e enfisema pulmonar, os quais geralmente ocorrem de forma simultânea, com variáveis graus de comprometimento relativo num mesmo indivíduo. Os principais sinais e sintomas são tosse, dispneia, sibilos e expectoração crônicos. A DPOC está associada a um quadro inflamatório sistêmico, com manifestações como perda de peso e redução da massa muscular nas fases mais avançadas
A DPOC é um grave problema de saúde pública, acomete 10% da população adulta. Estima-se que, a cada um minuto, três pessoas morrem de DPOC no Brasil. A doença é a quarta causa de internação no Sistema Único de Saúde, sendo que, em 2018, mais de 110 mil pessoas foram internadas com o quadro nos hospitais públicos do país, totalizando 8 mil mortes, e custo total de mais de R$ 100 milhões.
Estimativas sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC têm sido baseadas primariamente nas estatísticas de mortalidade, o que configura um subdiagnóstico. A maioria dos estudos mostra que é DPOC subdiagnosticada em 72% a 93% – maior do que o relatado para hipertensão, hipercolesterolemia e muitos outros transtornos importantes. O diagnóstico incorreto é também comum. A DPOC é responsável por um enorme custo financeiro, promovendo gastos da ordem de US$ 1.522,00 por paciente por ano, quase três vezes o custo per capita da asma.
A identificação de fatores de risco e da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado são essenciais para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos. Desencorajar os indivíduos a começar a fumar e encorajar os fumantes a reduzir e parar de fumar são as primeiras e mais importantes prioridades na prevenção da DPOC.
Juntamente com a remoção dos irritantes respiratórios e o tratamento precoce das infecções respiratórias, os broncodilatadores inalatórios são os medicamentos básicos que ajudam estes pacientes. Pacientes com níveis sanguíneos baixos de oxigênio podem necessitar oxigênio suplementar. A oxigenoterapia em longo prazo pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida em pacientes com níveis muito baixos de oxigênio. Manter a aptidão física e a atividade é importante porque a dificuldade respiratória pode levar a uma diminuição da atividade e ao subsequente descondicionamento. Portanto, a reabilitação pulmonar baseada em exercícios é importante para a maioria das pessoas com DPOC.
Leia mais em: Portal Arquivos do Ministério da Saúde
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