Foto: Dimitris66 / IStock / Ilustrações: Erika Vanoni/SAÚDE é Vital
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) preocupa os pais de bebês prematuros, cardiopatas ou com problemas crônicos no pulmão. Em crianças de até 2 anos, esse agente infeccioso é responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante seu período de maior incidência.
O Vírus Sincicial Respiratório é transmitido através de aerossóis emitidos a partir de pessoas infectadas ou por superfícies e objetos contaminados. A infecção ocorre quando atinge olhos, boca, nariz ou pela inalação de gotículas derivadas da tosse ou espirro.
O tempo de vida do vírus nas mãos é de menos de uma hora. No entanto, em superfícies duras e não porosas, pode durar aproximadamente 24 horas. O período de incubação da doença é de quatro a cinco dias, mas pacientes pertencentes aos grupos de riscos podem transmitir o vírus por 3 a 4 semanas após o contágio inicial.
Geralmente, a sua sazonalidade acontece predominantemente no outono e no inverno. Mas, no Brasil, a sazonalidade varia dependendo da região geográfica. Ela se inicia mais precocemente na região Norte (janeiro) e Nordeste (fevereiro) do país, coincidindo com o período chuvoso. As regiões Centro-Oeste e Sudeste possuem seus picos de incidência de março a julho, enquanto, no Sul, a sazonalidade acontece entre abril e agosto, período em que também circula o vírus da gripe.
De 10 a 15% dos casos entre os menores de 2 anos exigem internação hospitalar às vezes até na UTI, com uso dos respiradores. Abaixo dos 5 anos, há maior risco de formas graves e morte.
Segundo artigos publicados nas revistas científicas The Lancet e The New England Journal of Medicine, o VSR é responsável por cerca de 33,8 milhões de episódios de infecção respiratória por ano em crianças com menos de 5 anos de idade, levando a cerca de 3,4 milhões internações de casos mais graves. Anualmente, são de 70 mil e 200 mil mortes — 99% delas em países em desenvolvimento como o Brasil.
Praticamente todas as crianças serão expostas ao VSR até os 2 anos de vida, sendo que a maioria é infectada no primeiro ano de vida, com possibilidade de reinfecções ao longo da vida. Nos adultos, ele não traz maiores danos e seus sintomas são semelhantes a um simples resfriado. Porém, esse grupo pode ser um disseminador do vírus nas crianças menores de 5 anos.
Para a prevenção da doença, deve-se evitar que os bebês permaneçam em ambientes fechados com aglomerações de pessoas, além da imprescindível higienização frequente das mãos e dos objetos. O contato com crianças ou adultos resfriados ou gripados também deve ser evitado.
Mesmo durante a pandemia do coronavírus, outras doenças infecciosas não desapareceram e merecem receber os cuidados devidos.
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