Pulmão

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"Uma resenha sobre saúde e doença respiratória para divulgar os principais temas da pneumologia ao público em geral."

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Asma: quando a genética fala mais alto

Fonte da imagem: Health Line
Fonte da imagem: Health Line

 

A asma é a doença crônica pulmonar que mais acomete pessoas no Brasil e no mundo. A doença atinge de crianças pequenas até idosos. Mesmo, uma pessoa em tratamento regular pode ter uma crise a qualquer momento. Isso coloca a asma no foco de investigações e pesquisas médicas.

A patologia, como pode ser visto em outros artigos aqui do nosso blog, atinge diretamente a capacidade respiratória, causando tosse, aperto no peito e falta de ar, entre outros sintomas. Trata-se de um processo inflamatório crônico que afeta os brônquios, tornando-os mais estreitos e dificultando a passagem de ar nos pulmões. Dentre as suas causas, destacam-se os fatores de predisposição genética, mas que peso esses fatores têm sobre ter ou não ter a doença?

Em geral, quando uma pessoa procura assistência médica em virtude da doença, é feita uma avaliação inicial onde é perguntado sobre o histórico de saúde dos familiares. Nesse momento, na maioria das vezes, é possível identificar a existência de outras pessoas na família que apresentam relato compatível com a doença. Mas nem por isso a asma pode ser considerada uma doença hereditária, na verdade, ela  é considerada uma doença multifatorial com forte influência genética. De acordo com especialistas, o que se observa é que filhos de pais com histórico de manifestações alérgicas, possuem maior chance de desenvolver asma, rinite ou outra patologia relacionada.

Nesse sentido, diversos estudos científicos vêm sendo desenvolvidos visando compreender o papel dos fatores genéticos na patogenia da asma. No entanto, o processo é difícil, tendo em vista sua natureza multigênica ou poligênica - há um grupo bastante variado de genes envolvidos. O que se tem de fato, é que essa diversidade de genes, além de influenciar o ter ou não asma, também pode influenciar a gravidade da doença e como o paciente responde ao tratamento. Um estudo de Barnes (2015) conclui que “Apesar dos recentes avanços na identificação da variação genética relacionada à asma, neste momento não há nenhuma utilidade clínica estabelecida para esses achados.” O que significa dizer que ainda há um longo trajeto pela frente.

 

Para ler o estudo citado, clique em Barnes, 2015 





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