A asma é a doença crônica pulmonar que mais acomete pessoas
no Brasil e no mundo. A doença atinge de crianças pequenas até idosos. Mesmo,
uma pessoa em tratamento regular pode ter uma crise a qualquer momento. Isso
coloca a asma no foco de investigações e pesquisas médicas.
A patologia, como pode ser visto em outros artigos aqui do
nosso blog, atinge diretamente a capacidade respiratória, causando tosse,
aperto no peito e falta de ar, entre outros sintomas. Trata-se de um processo
inflamatório crônico que afeta os brônquios, tornando-os mais estreitos e
dificultando a passagem de ar nos pulmões. Dentre as suas causas, destacam-se
os fatores de predisposição genética, mas que peso esses fatores têm sobre ter
ou não ter a doença?
Em geral, quando uma pessoa procura assistência médica em
virtude da doença, é feita uma avaliação inicial onde é perguntado sobre o
histórico de saúde dos familiares. Nesse momento, na maioria das vezes, é
possível identificar a existência de outras pessoas na família que apresentam relato
compatível com a doença. Mas nem por isso a asma pode ser considerada uma doença
hereditária, na verdade, ela é considerada uma doença multifatorial com
forte influência genética. De acordo com especialistas, o que se observa é que
filhos de pais com histórico de manifestações alérgicas, possuem maior chance
de desenvolver asma, rinite ou outra patologia relacionada.
Nesse sentido, diversos estudos científicos vêm sendo
desenvolvidos visando compreender o papel dos fatores genéticos na patogenia da
asma. No entanto, o processo é difícil, tendo em vista sua natureza multigênica ou
poligênica - há um grupo bastante variado de genes envolvidos. O que se
tem de fato, é que essa diversidade de genes, além de influenciar o ter ou não
asma, também pode influenciar a gravidade da doença e como o paciente responde
ao tratamento. Um estudo de Barnes (2015) conclui que “Apesar dos recentes
avanços na identificação da variação genética relacionada à asma, neste momento
não há nenhuma utilidade clínica estabelecida para esses achados.” O que significa dizer que ainda há um longo trajeto pela frente.
Para ler o estudo citado, clique em Barnes, 2015
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